Contextualização: A importância de determinar e avaliar o equilíbrio já foi amplamente discutida na literatura,
sendo aquelas associadas ao treinamento, quedas e o idoso, das mais discutidas. Em ambiente clínico,
ferramentas, a exemplo do MiniBESTest, avaliam e classificam o equilíbrio a partir de testes que simulam
atividades diárias, como “sentado para de pé” ou “ficar na ponta dos pés”. Em laboratórios, por sua vez, variáveis
associadas ao equilíbrio, como a Amplitude Média ântero posterior (AMDap), podem ser analisadas a partir da
avaliação do controle postural em plataformas especializadas, em diferentes superfícies (rígidas e instáveis) e
condições (postura bípede, semitandem, com olhos fechados ou abertos). Apesar das avaliações já apresentarem
funcionalidade bem estabelecida, ainda não foi totalmente elucidado a relação entre as mesmas na população
idosa. Objetivo: Assim, o objetivo desta pesquisa foi verificar a correlação entre medidas diretas (dados
plataforma de força) e os itens do MiniBESTest em idosos. Material e métodos: Sessenta e um idosos
participaram do estudo, aprovada pelo comitê de ética local (número: 2.061.608) da Universidade Federal do
Espírito Santo. O controle postural foi avaliado por uma plataforma de força (Biomec 400, EMGSystem do Brasil)
com frequência de 100 Hz, na condição de base semi tandem, com olhos abertos, sobre superfície rígida (STROA)
e instável (STIOA). A variável analisada foi a amplitude média de oscilação do centro de pressão na direção
antero-posterior (AMDap). O MiniBESTest foi aplicado para avaliar o equilíbrio clínico dos idosos. Para verificar
relação entre as variáveis analisadas, a correlação de Pearson foi utilizada com o nível de significância de p≤0,05.
Resultados: Foram encontradas correlações negativas significativas entre a variável AMDap em condição STROA
para os subitens 2 (“Ficar na ponta dos pés” r=-0,273, p=0,003) 6 (“correção passo lateral” r=-0,274 p=0,033), 8
(“instável olho fechado” r=-0,285, p=0,026), 9 (“inclinado olho fechado” r=-0,400. p=0,001) e a pontuação total do
MiniBEstest (r=-0,339, p=0,008) do MiniBESTest. Em condição STIOA, foram encontradas correlações para os
subitens 2 (r=-0,303, p=0,016), 3 (“de pé em uma perna” r=-0,305, p=0,017), 5 (“correção passo lateral” r=-0,294,
p=0,021), 6 (r=-0,336, p=0,008), 7 (“olho aberto superfície rígida” r=-0,317, p=0,013), 9 (r=-0,303, p=0,018) e a
pontuação total do MiniBEstest (r=-0,417, p=0,001). Conclusão: As correlações negativas encontradas indicam
que quanto menor os valores de oscilação associado ao AMDap, maior a pontuação em alguns dos itens do
MiniBESTest. Estas associações revelam a importância do MiniBESTest no ambiente clínico, ao ampliar a gama de
informações, assim como revelar o estado clínico do equilíbrio do idoso aos fisioterapeutas e profissionais do
movimento, que podem então preparar um programa de treinamento mais consciente com objetivos que
incluem desde aumentar a capacidade funcional do idoso e diminuir as chances de quedas.
Palavras-chave: Idosos. Controle Postural. MiniBESTest.